Polêmico, não??

A marca italiana United Colors of Benetton é famosa por todas suas campanhas chamarem a atenção de diversos públicos, causando grande  polêmica. Sua última campanha está dando o que falar. Foram feitas montagens com fotos de lideres políticos e religiosos se beijando. O objetivo é ir de contra a cultura do ódio que vem se alastrando pelo mundo.

Alessandro Benetton executivo da marca afirma que “Embora o amor mundial continue sendo uma utopia, o convite a não odiar para combater a cultura do ódio é um objetivo realista”.

Essa campanha que já esta no ar no exterior já gerou muitas criticas, entre elas, a mais revoltante veio do Vaticano, o qual fez um pedido oficial para que a fotografia do “beijo” entre o Papa Bento XVI e o Imã Ahmed Mohamed fosse retirada da campanha. O pedido foi aceito, sendo que esta foto não se encontra mais no site oficial http://unhate.benetton.com/ No site oficial além de ver todas as fotos da campanha, você ainda pode enviar uma foto de um beijo e curtir a ideia de interação com a marca.

Confira algumas das fotos polêmicas e o vídeo oficial:

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Autora: Thais Tulio

Guerra entre as montadoras

Vamos falar um pouco sobre essa guerra entre as montadoras que cresce a cada dia. Após o imenso sucesso dos pôneis malditos e da abobrinha gigante, foi a vez da Fiat entrar na onda das cutucadas com as marcas concorrentes. O alvo da fez foi a Hyundai.

A Hyundai, é bem otimista em propagandas de seus modelos lançados. Sempre com um ar majestoso, paisagens deslumbrantes ,os comerciais passam para o consumidor uma sensação de que os seus carros fazem parte de um mundo paralelo. A Fiat fez o contrário, mostrou o seu novo modelo andando em ruas “normais”, estradas presentes no seu dia-a-dia e sem algum rebuscamento.E o comercial da Freemont critica a forma rebuscada que eles utilizam para anunciar os seus carros.

Em todos eles, a Fiat inicia a propaganda do Freemont com uma voz masculina e grossa – parecida com ao do locutor dos comerciais da Hyundai – anunciando um objeto que nada tem a ver com automóveis. Saca-rolha, maçaneta de porta, joelheira e caneta são os objetos anunciados ironicamente pela Fiat.

Segue abaixo os comerciais veiculados:

É pessoal, parece que o bicho ta começando a pegar entre as montadoras.

 

Autora: Stephanie Demantova

1) Qual foi a e…

1) Qual foi a evolução do texto publicitário nos últimos anos?

R. Na minha opinião, o que houve foi uma involução. Até o final da década de 90, o texto era uma das principais ferramentas de argumentação na hora de vender um produto. Era no texto onde se apresentavam os diferenciais do produto/serviço e onde acontecia a sedução.

Muita gente culpa as novas tecnologias e o fato das pessoas estarem lendo menos. Eu acho isso que esses motivos não contam toda a história e nem são totalmente verdade: as novas tecnologias permitiram um acesso fácil e rápido a todo tipo de leitura, e com e-books e compras pela internet, nunca se consumiu tantos livros como hoje. As pessoas estão lendo, sim. O que, eu não sei.

 

Uma das coisas que eu acho é que a sedução mudou de figura: hoje em dia, escrever  “18 X sem Juros” é um argumento mais poderoso do que 5 linhas de retórica bem escrita. Outra coisa que limita as cantadas dos redatores é a complexidade dos produtos: antes para comprar um TV, você só precisava escolher o tamanho. Hoje tem que saber o que é:

  • Resolução 1366×768.
  • Frequência 60 Hz.
  • Picture Engine DNIe+.
  • Dynamic Contrast Ratio HighContrast.
  • Wide Color Enhancer (Plus) Wide Color Enhancer.
  • Dolby Digital Plus/ Dolby Pulse.
  • SRS TheaterSoundHD.
  • dts2.0 + Digital Out.
  • Potência(RMS) 5Wx2.
  • Speaker Type Down Firing + Full Range.
  • 2 entradas HDMI

 

(dei um ctrl C + ctrl V, só de um pedaço dos features de uma TV Samsung no site da Fast Shop – deu para sentir o drama). Não existe texto que encaixe essa quantidade de informações e consiga manter uma clareza de raciocínio. Bullets fazem isso muito melhor.

 

É Possível que num futuro, a argumentação de um texto volte a ser valiosa como ferramenta de vendas. Mas hoje em dia não é. Lembrando que a pergunta foi sobre a evolução do texto, e não da função do redator.

 

2) Qual é o panorama atual da redação publicitária, no Brasil e no mundo?

R. O panorama atual da redação no Brasil e no mundo? A redação publicitária é algo orgânico que se adapta ao produto, ao público, à mídia, à idéia, ao mercado, à situação econômica, ao perfil do redator, ao momento da marca, ao tipo de veiculação e muitos outros fatores.

 

Para responder à sua pergunta, eu ainda teria que considerar uma grande variedade de marcas, que permitissem uma visão geral (panorama). Isso é impossível.

 

O que dá para dizer é que tem coisa muito boa e muito ruim sendo feita em todos os lugares. Como exemplo de coisas muito boas, cito os textos dos comerciais de “Old Spice”, que há 2 anos ganham tudo em todas as premiações. Em termos de coisas ruins, fico com os merchandisings dos programas matinais, cujos textos são tão travados que engasgariam o melhor dos apresentadores (ainda mais os que estão lá).

 

3) Os novos formatos de publicidade alteraram a forma como o texto publicitário é desenvolvido?

Sim!

4) Os meios digitais e o texto publicitário qual é a relação existente?

R. Como meios digitais, a primeira coisa que vem à cabeça é internet. Eu prefiro considerar como digitais todos os meios que permitem uma troca entre o emissor e o receptor, e não apenas a propagação da mensagem. Na minha opinião, a grande novidade dos meios digitais é a conversa.

Na propaganda e na vida, para que haja conversa, os dois interlocutores precisam se colocar na mesma altura. Se um tentar se impor ao outro,  vai dar briga ou pior: o outro vai deixar você falando sozinho.

 

É assim que os produtos (conseqüentemente, a redação publicitária) precisam se comportar nos meios digitais: sem gritar nem tentar ‘se achar’.

 

Olha… é bem difícil convencer um diretor de marketing a assumir esse tom. Mas se ele compra essa idéia, é sucesso praticamente garantido.

 

O melhor exemplo é o site da Apple. Os textos são fluidos, quase um bate-papo.

 

Sobre os anúncios em redes sociais: leia a resposta acima e acesse seu perfil no Facebook.

Veja bem o estilo dos anúncios e você vai perceber porque nunca clicou em nenhum.

 

5) Mídias sociais e a redação de conteúdo (como se relacionam)?

 

R. Mídias sociais e redação de conteúdo: eu tenho vergonha de ler o português escrito no Facebok/Orkut/Twitter. Não é culpa do mixuguês. É falta de cultura mesmo. Um exemplo que compromete a leitura é a quantidade de “Mas” escrito “Mais”. É assustador.

 

E os geradores de conteúdo online não estão muito longe disso (jornalistas e publicitários).

A maior parte dos textos que eu leio não são claros. Eu desisto na 3º linha.

 

6) Big idea (para você)?

R. Não é nada fácil achar a Big Idea.

Criatividade é a soma de duas coisas conhecidas para se chegar em um resultado inédito. Para mim, os fatores que precisam entrar na equação da Big Idea são a alma do produto e a situação dele no mercado.

 

Para chegar nesses números, só com um planejamento profundo, mas traduzido de maneira clara.

 

7) Tendências – o futuro da redação publicitária quais são suas expectativas?

 

R. Em vez de falar sobre tendências sobre redação, prefiro falar sobre a tendência para o trabalho dos redatores: o mundo do jeito que ele é, está nos permitindo contar cada vez mais histórias mais complexas, que ganham novas facetas em cada mídia. Isso é maravilhoso, pois inventar é a nossa profissão.

 

O problema é que pouquíssimos clientes (e um igual numero de redatores está preparado para isso). O que vemos com mais freqüência é a replicação do mesmo conteúdo nos mais diversos meios.

 

São muito poucos os profissionais que vão desbravar esse mundo novo. Trabalhe igual a uma camela, e se você tiver sorte, pode estar entre eles.

 

 Natalia Costa e Claudia Desly

 

Direto da redação

Oi oi gente querida, gente do coração. Rá, quem não conhece esse bordão não é mesmo? Mas só o usei para iniciar o post de maneira descontraída, pois o assunto que abordarei é extremamente irritante para redatores de todo o Brasil.  Erros de português.

As pessoas tendem a achar que os redatores são filhos do amigo Aurélio, sim o dicionário, pois bem queridos, nós não somos. Cometemos muitos erros também, mas se há algo que nos irrita, e muito, é a falta de atenção das pessoas ao escrever. Na web então, meu Deus, torna-se aberração. Então, “(…) vamos pedir piedade, Senhor piedade…” veio na minha cabeça, tive que escrever… irresistível, voltando,  meus caros, vamos prestar mais atenção quando estamos escrevendo. É bacana. E, por favor, não comecem a escrever tipo “miguxa”.  “Oiiiiiiinnnnn, eu to molendu di xaudade migaaaa, vuxe tá beimmm?? Ahhh vá pro inferno. Tens 5 anos de idade ou menos? Para né?

Há aqueles que dizem que escrever é difícil, que precisa ter dom, será mesmo? Ou será que a boa escrita está muito mais relacionada com uma boa carga de leitura que você acumula mais a prática de escrever com frequência. É… acho que dá pra rever velhos conceitos. Sempre, não é mesmo?

Enfim, redatores não são dicionários ambulantes. Não fiquem frustados quando eles não souberem o que significa a palavra mais sem sentido do mundo que você achou na reista de medicina do seu avô. Sinto muito, mas a vida é assim. Mas os redatores gostam de aprender coisas novas, peça pra que eles pesquisem. =) Nós temos mais facilidade na escrita, mas isso não significa que somos melhores ou piores que ninguém, somos diferentes. Apenas. Lemos muito e praticamos. Tente você também.

Separei algumas pérolas da internet para vocês se divertirem.

(via: youpix.com.br)

E este a pérola máxima. Por favor, entrem no site e vejam o restante das pérolas. É SENSACIONAL.

(via: seilacomoseescreve)

Um abraço.

Post de: Regiane Tangerino

 

Campanha Volkswagen 2008 – ” Cachorro – peixe”

Trata-se da campanha publicitária do Space Fox Volkswagen , criada pela AlmapBBDO em 2008.Seu conceito é reforçado na frase – “ Space Fox , Cabe o que você imaginar” – , ou seja, a peça se baseia na imaginação de um jovem surfista : um cachorro-peixe que rouba a cena com seu dono mediante à música Stand By Me, de Ben E. King.
A ênfase que vem se dando à criatividade está diretamente ligada com as mudanças que o negócio da comunicação e marketing vem passando nos últimos anos com o avanço da era digital. Os canais tradicionais como a televisão, rádio, jornais e revistas, ganharam a concorrência da internet e a participação das redes sociais. As formas de chegar ao consumidor se multiplicaram e, com elas, novos hábitos e costumes se renovaram.
As mudanças foram tantas que até o maior festival de publicidade do mundo, o Cannes Lions, realizado há 58 anos, mudou de nome. Assumiu como o “Festival Internacional de Criatividade”.O filme da Volkswagen foi eleito o melhor comercial de Tv do mundo em 2008 , na categoria Filme Publicitário de Automóveis , e seus criadores receberam o Leão de Ouro . O comercial cachorro-peixe é o primeiro ouro do Brasil em filmes , na subcategoria automóveis.Sendo a disputa dos comerciais criados para carros é considerada uma das mais difíceis.
No caso do “cachorro-peixe” podemos constatar que os animais são fofos e simpáticos e a publicidade sabe muito bem disso.Os bichinhos agregam valor às marcas dos mais variados segmentos, inclusive daqueles que eles próprios não são os consumidores.Algumas vezes se tornam mascotes de produtos, serviços e marcas. Pode-se usá-los para criar identificação com o target. Muitas marcas usam eles como peça da propaganda. Nem sempre são os protagonistas, mas estão ali. Muitas casas têm animais e isso faz com que os consumidores se identifiquem com o anúncio.
Podemos então concluir que dentro da propaganda , podemos incluir em seu conceito não só a intenção de vender o produto mais sim estimular a imaginação e sonhos do consumidor para que ele se identifique melhor com o produto a ser vendido, além claro de uma boa “frase” que seja boa o suficiente para ficar na memória das pessoas, como foi o caso da campanha da Volkswagen.

By : Roberta Fortunato

Entrevista com Maria Eduarda Buarque – Redatora da RGA Comunicação

A Redatora Maria Eduarda contou com a ajuda da Coordenadora de Criação Flávia Marques para responder as perguntas.

Maria Eduarda - Redatora

Flavia marques - Coordenadora de Criação

1 – Qual foi a evolução do texto publicitário nos últimos anos?

Olha,  os novos meios vêm reinventando os formatos da propaganda, no geral. Não existe mais texto separado de arte, na nossa opinião. Está tudo junto, em todo lugar. Nos meios convencionais, no celular, na internet.

As pessoas têm mais pressa em entender a mensagem. E a propaganda acaba com menos tempo para fazer-se ver, fazer-se lembrar. Daí surge a necessidade de gerar conteúdo, em vez da propaganda pura.

2 – Qual é o panorama atual da redação publicitária (no Brasil e no mundo)?

Por causa dos festivais internacionais,  os títulos foram perdendo espaço para conceitos mais resumidos, mais fáceis de serem traduzidos para um público mais amplo e sem as barreiras culturais que algumas piadas, por exemplo, impõem.

  O que é uma pena pois já foi feita muita boa propaganda tendo como suporte principal apenas o texto.

Agora as palavras o voltam a ganhar destaque com a ascensão das mídias sociais.

 3 – Os novos formatos de publicidade alteraram a forma. Como o texto publicitário é desenvolvido?

Conteúdo. Essa é a palavra de ordem. A propaganda passou a se misturar a todo tipo de informação absorvida pelo consumidor. Moda, arte, cinema, as próprias novelas, programas, aplicativos etc. Tudo virou meio para chegar até o público.

4 – Qual a relação existente entre os meios digitais e o texto publicitário?

A forma como o texto é escrito nos meios digitais faz toda a diferença, pois quanto mais atrativo for, mais chance tem de se destacar em meio ao turbilhão de informações da internet.

5 – Como se relacionam as mídias sociais e a redação de conteúdo?

É importante que o conteúdo seja realmente de interesse do público- alvo, com uma frequência razoável e que os posts gerem interatividade de fato, para os consumidores não se sentirem falando com um robô, com uma marca que não se relaciona de verdade com o seu público.

6 – Big idea (para você):

Aquela que faz os outros quererem ter pensado antes de mim.

7 – Quais são suas expectativas para o futuro da redação publicitária?

É complicado esperar alguma coisa específica. Tudo se transforma tão rápido que, quando vê, a gente já está se reinventando de novo. Mas, no geral, acho que os dispositivos móveis estão acelerando uma corrida em direção ao consumidor. É um caminho mais curto para chegarmos até ele. Seja através da Internet, do iPad ou de um concurso do Instagram, por exemplo. Estamos, como marcas, participando mais diretamente da vida do nosso público.

Peças do portifólio da Redatora:

Equipe: Fernanda Baggio, Regiane Tangerino e Stephanie Demantova

Mapping estande Rossi Residencial.

Na Feira de Imóveis do Paraná 2011, realizada no dia 28 de Setembro até 2 de Outubro no ExpoUnimed a Rossi Residencial estava com um estande desenvolvido pela MC4 Promo. O objetivo era atrir o público da feira para dentro do estande e mostrar os lançamentos da Rossi, com isso foi realizado uma ação inovadora, trazendo o marketing de experiência para o público. Ao visitar o estande o visitante participava de um quiz interativo em uma tela touch screen, com questões que respondidas traçava o perfil de cada jogador e este descobria quais os empreendimentos da Rossi que se adequava ao seu perfil, atraves de seus habitos e preferências. Em seguida o visitante era convidado a participar de uma experiência junto com a Rossi, sendo encaminhado para um sala com todos os móveis brancos, que através de projeções ganhava cores e texturas, dando idéias de decorações para apartamentos, perfeito para cada estilo de vida. No final da projeção, ao sair da sala o visitante ganhava um brinde Rossi e era atendido pelos corretores presentes no estande. Foi uma ação que superou todas as expectativas, veja a seguir:

Por: Natasha Costa

Agência Naked Communication

Histórico:

A Naked Communication LLC New York , fundada por Jon Wilkins, Will Collin e John Harlow iniciou suas atividades em 2006 e está localizada em um prédio na rua Creene Street 96, 3º andar. Naked, cujo nome deriva da idéia de que as empresas precisam se aproximar, da mesma maneira que eles se comunicam com os clientes, na forma mais pura. Eles acreditam em inovação, não é uma agência de publicidade ou até um empresa de planejamento de mídia, é algo entre uma loja de ad media e uma consultoria. Atualmente eles trabalham com American Express, Ameriprise, Bacardi, Big Brothers Big Sisters, BP, Citi, Coca-Cola, Dell, Diageo, Dunkin’ Donuts, Fund For Public Schools, Glaceau, Google, Heineken, entre outros.

Prêmios:

Grand Prix – Green Awards com a campanha Nokia Eco,Bronze no The One Show com a campanha Nike iD Studio, ganhador do IVCA LiveCom Awards com a campanha Sony Colour Rooms, melhor mídia no IPA Effectiveness awards com o E4 ‘Skins’.

Canais Digitais:

Linkedin: http://www.linkedin.com/company/naked-communications

Twitter: @nakedny

Case:

Campanha: Coke Romance

Cliente: The Coca-Cola Company

Categoria: Bebidas não alcóolicas

Brief: Existe mais de um bilhão de pessoas tomando Coca Cola pelo mundo, mas cada um é diferente. Quando o consumidor tem a Coca Cola nas mãos é a maior intimidação para outra marca, pode ser mais poderoso que qualquer outra comunicação. Naked foi chamada para definir o que exatamente “a autenticidade da Coca Cola como experiencia” por todo o mundo.

Ideia: Primeiramente o local e preferência pessoal – temperatura ou gelo, cubos de gelo, limão ou sem limão – existe exatamente uma maneira de beber Coca Cola.

Solução: Naked escreveu um livro – leteralmente – que apresenta a autenticidade de uma Coca Cola. O livro descreve ingredientes da autentica experiência, com regras e guias para o resultado de marketing. Foi publicado e distribuído para todas as pessoas do marketing.

Resultado: A estratégia da Naked levou a Coca Cola a gastar mais como qualque outras campanha de 2008, exeto nas olimpíadas de Pequim. Foi uma estratégia que levou a criação de novas iniciativas e marketing externo,defendendo projetos já realizados.

Peças Criativas:

Nike iD Studio

Vodka Company da Nova Zelândia

Persil

Por: Natasha Costa e Neidivaldo Silva.

Entrevista com Gica Trierweiler Yabu – Redatora da Bullet

Nome: Gica Trierweiler Yabu

Idade: 26

Agência: Bullet

Cargo: Redatora

 

 

1. Como você explicaria a evolução do texto publicitário? Para você qual foi o grande momento desta evolução e por quê?

Essa mutação aconteceu várias vezes. Houve a época em que poetas e artistas faziam chamadas engraçadas, depois todo anúncio vinha com um rodapé e toda um explicativo do produto. Então fomos para a era sintética dos splashes, dos atritubos e chegamos no consumidor. Em algum momento os publicitários perceberam que os produtos viraram comodities e que ganhava quem pudesse “agregar valor”. Esse foi o momento decisivo, onde se abriu uma porta para o diálogo com as pessoas (o que foi acentuado pela explosão dos blogs e redes sociais). Daí para os discursos miguxos de marca foi um pulinho (o que faz você feliz? Sua qualidade de vida em primeiro lugar, etc). Em paralelo, a propaganda non sense fazia e continua fazendo a gente feliz (vai me dizer que você não adora os pôneis malditos?). O que percebo hoje é a predominância dos conceitos de planejamento. Pode parecer racismo, eu sei, mas é verdade. A graça acabou, o que importa é comunicar os atritubos e o posicionamento “único” do produto. Como exemplo cito a campanha de Halls XS que diz: celebre seus pequenos momentos de heroísmo. Chato, né?

2.Atualmente, qual é o panorama da redação publicitária?

Pelo o que tenho visto, os redatores estão precisando abrir espaço para esses posicionamentos malucos. Usando o exemplo de Halls: me fala quem pensa em heroísmo quando chupa bala? Acho que a coisa está tomando rumos estranhos. Pode ser uma opinião isolada, mas prefiro mil vezes algo que vá direto ao ponto como o próprio pônei maldito. Pode ser doido, mas todo mundo entendeu: seu carro precisa de potência, tenha cavalos ao invés de pôneis.

3.Os novos formatos de comunicação, como internet e mobile, alteraram a forma do texto publicitário?

Lógico. Cada plataforma serve para um tipo de mensagem. A Microsoft acabou de fazer um estudo chamado “Meet the Screens” que foi apresentado lá no Festival de Cannes. Lá eles falam que televisão, computador, tablet e celular servem para coisas absurdamente diferentes e que os conteúdos DEVEM ser adaptados. Enquanto a televisão é sinônimo de descontração e relaxamento, o computador ensina e compartilha o que se aprende com os outros, o celular é o que anda sempre com a gente e resolve nossa vida e a tablet é um mago que me traz conveniência e status.

 4.De que forma é utilizado o texto publicitário nos meios digitais? A maneira de persuadir nesses meios difere dos meios mais convencionais?

Muitos anunciantes apenas adapatam anúncios para banners de internet. Isso é uma pena porque em digital seu ponto de partida PRECISA ser a interatividade, a criação coletiva. Pense que você está falando com seu amigos, atualizando seu facebook. Você tem coisas muito mais legais para fazer na internet do que ficar clicando em banners chatos e sites coxinha. Por que não ampliar os pontos de contato com o consumidor e abrir possibilidades de diálogo? É isso que as pessoas esperam das marcas em ambiente digital.

 5. Como você avalia a redação de conteúdo nas mídias sociais?

Acho que temos profissionais muito bons fazendo isso no Brasil. É uma leva de gente jovem, nativa do meio digital, que vem adaptando o que as agências de propaganda criam para os meios offline  na maioria das vezes ou criando novos conceitos quando pertinente.

6. Na sua opinião, como deve ser o processo para chegar no Big Idea?

Essa é a pergunta de um milhão de dólares, né? Aqui na Bullet a gente avalia o contexto social da marca, o comportamento do consumidor, o range de canais que temos para falar com ele, a relação que ele tem com a marca e, a partir daí, surge o insight. Lapidando dali e daqui, temos nossa one shot idea.

7. Como você vê a redação publicitária no futuro? O que será tendência?

Em primeiro lugar, vale dizer que o redator anda em desuso. Me refiro ao redator old school, que chega na agência para fazer títulos de anúncio e filmes para tv. Como as agências têm oferecido cada vez mais soluções integradas aos seus clientes, essa postura multidisciplinar é requerida aos profissionais. O meu caso, por exemplo: sou redatora, fui planejamento, criei um dos primeiros blogs do país. O redator do futuro é assim: ele comunica informações, desejos e loucurinhas ao target na plataforma que for. A redação publicitária do futuro é tudo e qualquer coisa, uma mistura de plataformas e formatos, com discursos para todos os gostos.

 

Peça Criativa:

Welcome Kit – Cliente: BMW Motorrad Brasil

Entrada e espera na visitação ao barco do Arctic Sunrise – Cliente: Greenpeace

Promocional – Cliente: Nokia & Grupo Pão de Açúcar

http://verdevelma.carbonmade.com/projects/2931531

 

Equipe: Jessica Poletto Cabral, Natasha Costa, Neila Leonço, Thais Tulio e Felipe Thiesen (manhã)

A polêmica de um beijo…

by Neila Leonço

A famosa marca de roupas Benetton conseguiu mais uma vez aparecer entre as polêmicas publicidades mundiais. O grupo e seu fotógrafo Oliviero Toscani ficaram conhecidos internacionalmente por suas fotos provocadoras nos anos 90, entre elas a de uma irmã de caridade sedutora vestida num hábito branco beijando um jovem padre de batina preta. Nesta última quarta-feira (16/11/11), a empresa lançou oficialmente a mais recente campanha da marca. A nova campanha “United Colors of Benetton” chamada “UNHATE” (não ódio) foi apresentada em Pairs, pelo vice-presidente do Benetton Group, Alessandro Benetton. As peças traziam líderes mundiais se relacionando, pacificamente e afetuosamente, com polêmicos beijos na boca. As fotomontagens circularam pela internet e foram expostas em locais estratégicos do mundo, como o castelo de San’t Angelo, em Roma e na catedral de Milão. As peças incluíam o Papa Bento XVI beijando o imã sunita de Al Azhar, Hugo Chávez e Barack Obama, além de Barack Obama e o presidente chinês, Hu Jintao.

Como toda publicidade de efeito, as peças despertaram a ira das lideranças ocidentais conservadores. Sabe-se que as relações entre o Papa e o imã sunita são difíceis, principalmente depois que Bento XVI expressou solidariedade às vítimas do atentado a uma igreja de Alexandria, no dia 1º de janeiro passado. Porém, enquanto o imã sunita de Al-Azhar, mais distante dos ideais de comunicação de uma empresa e menos ligado ao mercado publicitário, captou a proposta da publicidade e considerou as imagens uma forma de promover uma reflexão para que a política, religião e ideias, ainda que diversas, possam ser postas em diálogo e mediação, o Vaticano, interpretou que a campanha foi “uma falta de respeito grave ao Papa”,  e uma ofensa aos sentimentos dos fiéis. Segundo um representante da instituição católica, a publicidade viola regras elementares do respeito às pessoas por pura provocação e faz uso da imagem manipulada e instrumentalizada do Papa com fins comerciais.

Em nota oficial, o Vaticano anunciou que: “Encarregamos nossos advogados para que empreendam na Itália e no exterior as oportunas ações legais para impedir a circulação nos meios de comunicação da fotomontagem realizada no âmbito de uma campanha de publicidade da Benetton”, mesmo a empresa divulgando sua decisão de retirar de circulação a polêmica peça.

Espera-se que os líderes “pacificadores” sejam os primeiros a não julgar a atitude alheia e a buscar afetuosidade nas relações humanas. Pensando assim, fica a pergunta: invés de divulgar o horror, violência e pornografia não deveríamos estar satisfeitos em ver ações de divulgar consciência e respeito? Talvez se esses líderes se beijassem mais…brigariam e falariam menos.

campanha da Benetton de 1991

campanha da Benetton de 2011